Como Really Funciona Equity e Valuation em Startups
Entenda, de verdade, o que muda ao dividir participação, trazer investidores e dar stock options em startups – sem cair nos mitos do 'pie'.
Por que isso é importante
Quase todo fundador já errou na divisão de equity, o que pode custar caro ou atrapalhar captação e crescimento. Entender como equity, diluição e cap table realmente funcionam é essencial para proteger seu poder, atrair investimento certo e criar incentivos para o time. Uma decisão ruim nesta fase, pode ser irreversível – ou fazer você perder sua empresa.
“Pie” está morto: A verdadeira lógica do equity
A maioria imagina equity como um “bolo” em fatias percentuais: tem 40%, ganha 40% do dinheiro, controla 40%. Isso está errado. Sua participação real depende de quantas ações você tem em relação ao todo, não de porcentagens fixas. Startups de sucesso mudam o tamanho da “forma” a cada rodada, criando novas ações – não tomando das já existentes.
⚠️Atenção
Pensar só em porcentagem pode te enganar: aumentar o número total de ações dilui todos – mesmo quem nunca vendeu nada.
Bricks, não pie: O mecanismo que poucos entendem
Imagine a empresa como uma parede de tijolos (“bricks”). Cada ação é um tijolo. Quando um investidor entra, você coloca novos tijolos na parede, não corta fora os antigos – isso é diluição. Fundadores e early employees ficam cada vez com menos “parede”, mesmo que nunca vendam suas ações.
ℹ️Dica
Bricks (ações novas) permitem trazer vários rounds de investimento, distribuir stock options e criar incentivos sem brigar por “fatias” antigas.
LLC, C-corp e porque startups sérias fogem de pie
Empresas LLC funcionam por porcentagem (“pie”) – isso complica rodadas, opções e aquisições. Startups globais preferem C-corp, onde equity é distribuído em ações (“bricks”), simplificando para múltiplos investidores e stock option plans.
❌Atenção
Cuidado: abrir empresa só como “LTDA”/LLC tira flexibilidade e pode matar crescimentos futuros.
A crise do cap table: Porcentagem que some sem vender nada
Com cada novo investimento, o número total de ações cresce – por isso, mesmo sem vender, sua participação se dilui. O poder real está no número absoluto de ações, e as regras de emissão.
Exemplo clássico: Facebook, Peter Thiel e o efeito dominó
Quando o Facebook captou US$500 mil de Peter Thiel, ele ficou com cerca de 10% pós-investimento. Para isso, foram criados novos shares – Mark e Eduardo não venderam suas ações, mas passaram a ter uma porcentagem menor simplesmente porque o “muro” aumentou.
Valuation: O perigo de não entender pré e pós-money
Valuation pós-money inclui o dinheiro que entrou. Investidor pede “10%” e paga por 10% da empresa após sua grana ser somada. Por isso, pré e pós-money nunca são iguais – e dá para ser enganado fácil nesta conta.
⚠️Atenção
Não saber a diferença entre valuation pré e pós-money é erro mortal. Sempre faça a conta dos percentuais antes e depois do novo dinheiro.
Ações ordinárias e preferenciais: Poder, votos e proteção
Ações comuns (ordinárias) dão voto e direito aos lucros, normalmente para fundadores e early team. Investidores costumam exigir ações preferenciais, com vantagens extras: liquidez, preferência em distribuições e maiores proteções legais.
⚠️Atenção
Ações preferenciais podem limitar o poder do fundador ou prejudicar na liquidação. Só aceite após ler todas as cláusulas.
Stock options: promessas não viram dinheiro sozinhas
Stock options são direito de comprar ações a um preço fixo no futuro. Só valem algo se a empresa crescer e fizer exit ou IPO. Ao receber, o funcionário tem vantagem potencial – mas pode ficar sem nada se a startup morrer ou nunca gerar liquidez real.
ℹ️Dúvida comum
Opção não é ação automaticamente. Você só ganha se comprar as ações e houver “liquidez” (venda/IPO).
Diluição na prática: quem fica com quanto após três rodadas?
Cada rodada de investimento dilui todos os participantes antigos. Mantendo o número de ações do investidor novo fixo, o percentual dos fundadores e empregados diminui a cada rodada.
✅Resumo prático
Com 3 rodadas, fundador pode passar de 80% para menos de 30% sem vender nada. Planeje sempre espaço (pool de ações) para futuros investidores e funcionários-chave.
Erros fatais: Equity mal dividida custa o controle
Dar percentuais fixos sem considerar futuras rodadas, não prever dilution pool e não entender valuation causa perda de poder, direitos e até exclusão dos fundadores.
❌Atenção Final
Um cap table mal desenhado pode inviabilizar captações, IPO ou acquisition. A revisão contínua é obrigatória.
Liquidez e liquidação: A bolha pode estourar antes do seu lucro
Opções, ações e direitos só geram benefício real quando há liquidez. Preferenciais geralmente “saem” com o dinheiro antes dos outros. Exceções e trapaças contratuais podem destruir a fatia dos comuns.
Como construir um cap table saudável para crescer bem
Pense sempre em “tijolos”, não em fatias. Planeje diluição, reserve um equity pool para futuros times, e priorize transparência em regras. Todo aporte deve visar crescimento, não só caixa.
Faça diferente: sua startup merece liberdade de crescer
Startups de alto impacto não se constroem mantendo porcentagens fixas. Conheça seu cap table, negocie clauses e crie incentivos inteligentes. Estude casos como Facebook para não repetir erros comuns.
✅Convite Dev Doido
Quer se aprofundar com emoção e exemplos visuais? Confira no canal Dev Doido do YouTube para grandes exemplos, histórias reais de equity, e faça seu cap table viver na prática!
Lembretes finais para nunca errar seu equity
Resumo prático e checklist rápido:
- Pense em ações (bricks), não fatias (pie) - Cada rodada cria novas ações e dilui todos - Valor da empresa (valuation) define quanto cada novo investidor leva - Reserve equity pool para times e novas rodadas - Leia toda cláusula de ações preferenciais - Não confunda opção com ação - Cap table saudável é viva, muda todo round - Estude exemplos, revise seu cap table, nunca pare de planejar!